quarta-feira, 1 de julho de 2009

Chegada NY

Pois bem pessoal. Aqui vamos nós novamente. Será que existe povo mais “mala” do que americano? Eu juro que tento, mas cada vez mais cresce minha ojeriza pelo país do Tio Sam. Conto minha experiência do dia pioneiro aqui…

Comecei com uma sorte tremenda. O vôo estava bem cheio. Mas não sei que raios aconteceu, porque minha fileira no avião era a única vazia… com certeza uma família inteira desistiu e sobrou pra mim, sortudo, 4 cadeiras para eu me esticar e dormir “a lá vontê” (não é assim que se fala em frances?). Todo mundo olhando e eu só assoviando, preparando tranquilamente minha cama com os cobertores que eu acabava de ganhar… O resultado disso foi a melhor viagem que já tive. Dormi 8 das 10 horas de viagem. As outras duas restantes eu completei com um filminho. Melhor do que primeira classe.

Chegando nos EUA é que eu começo a dar-me conta aonde eu estava entrando – America: o povo mais mal educado e filho da puta do mundo. Pra inaugurar, na alfândega, todos os policiais pareciam hooligans… dava medo só de ver. E olha só o tamanho da sacanagem… eu havia esquecido APENAS de preencher meu nome em um lugarzinho escondido naqueles formulários que a gnte recebe pra entrar em um outro pais. Era bem simples, era só eu colocar meu nome. Rápido e fácil assim. O rapaz, com uma educação invejável, fez questão de grifar da maneira mais gritante o campo que eu, pobre coitado, havia esquecido de completar – como se eu tivesse feito o erro mais imperdoável do mundo. E eu me pergunto: por que ele não deu uma caneta, para que eu preenchesse, em menos de 1 segundo, o campo faltante? Mas não, eles não podem ser educados. O desgramado me mandou voltar e escrever lá no outro lado da sala. E eu que já havia perdido um bom tempo na fila, teria que enfrentá-la novamente.

Mas não para aí. Meu hotel é colado no aeroporto. Não deve dar nem 5 dolares de taxi. Só que aqui (como de praxe nos EUA) taxista não sabe a única coisa que eles precisam saber além de dirigir um carro: localização. Eu dei o endereço certinho pro camarada e a primeira avenida, que era pra ele virar a direita, ele me vira pra esquerda. “Amigo, eu acho que o hotel é pro outro lado”. E ele: “Ah é?” “Por onde eu vou?” Quer dizer, num país estranho, o taxista perguntar pra você como que faz pra ele chegar no lugar, é sacanagem. Pois eu fiquei com dó do coitado (e esse meu sentimento só me fode mesmo). Eu comecei a ajudar ele (eu lembrava um pouco na memória do google maps e onde era o hotel). A gnt parou em uns 102931 postos de gasolina e eu, todo prestativo, saia do taxi e ia perguntar pra galera onde era o tal endereço. Ah sim, e o taxímetro rolando. Mas lógico, ele não cobraria seu erro, coitado. Depois de a gnt fazer a maior volta do planeta terra, a gente se deu por vencido. Eu e o infeliz paramos o taxi no meio do nada, sem mais forças e vontade para continuar. Ele sem créditos no celular, incomunicável. Eu olhando aflito o taxímetro que já passava dos 20 dólares (e relembrar que o hotel é “colado” no aeroporto me dava mais agonia…). Sinceramente, eu não sabia mais o que fazer. Eu juro que pensei em sair do taxi pq aquele cara era muito burro (ele não sabia nem pronunciar o nome do hotel pra pedir informações… eu é que tinha que ser seu intérprete). Mas se eu saísse, eu ia pra onde? Por sorte, uma alma boa (e informada) nos disse corretamente onde era o hotel. Chegamos lá, apesar de tudo. E eu, fiz a fatídica pergunta: “Quanto foi?”. E ele: "23,70 .. o que o taximetro ta marcando”. “Mas obviamente que o senhor não vai me cobrar esse preço”. E ele na cara de pau: “Vou sim”. “Não foi minha culpa”. Cara, na hora que ele falou que não foi culpa dele, a raiva subiu à minha cabeça.. Como assim? então foi culpa minha, que morando do outro lado do mundo tinha que ter obrigação de ensinar agora os taxistas americanos, no país deles, onde é que ficam os hotéis??!!? Ah, vai ser paia lá longe. “Eu pago $10, que é mais do que uma corrida normal valeria”. E ele não aceitou, e prova disso é que ele não abria o porta-malas. Ou seja, ele estava confiscando minhas malas até eu pagar o preço abusivo de 23 dólares. Que mais eu podia fazer?! “Aff, ta bom, 20 dolares, e deixa eu pegar minhas malas”. E ele: “Não nao, 23,70”. “21?”. “23,70”. Bom e foi indo assim, e o cabra cobrou até os 70 cents de sua pilantragem. E eu, me achando o espertão, fiz questão de anotar todos os dados do taxista para fazer uma reclamação posterior… E eu entenderia depois pq ele mesmo assim ficou tranquilo… Pq aqui, para fazer reclamação vc tem q mandar um documento escrito, com seus documentos e detalhamento do ocorrido. Ou seja, pra mim que ia ficar apenas um dia em NY, seria virtualmente impossível oficializar uma reclamação contra o pilantra. Restava para mim, em meu orgulho ferido, apenas o desejo que o fdp morresse no próximo semáforo que ele cruzasse com aquele taxi velho.

Mas vamos pra parte legal de hoje… eu fui pra Times Square! Com uma vietnamita mala do meu hotel que eu tentava que tentava dar um perdido, mas ela insistia em grudar como chiclete… tadinha, ela não se conformava com minha “inteligencia” pq eu sabia que trem do metrô pegar e sabia a estação em que parar… Eu tentava explicar pra ela que “estava no mapa” mas mesmo assim ela não sabia de nada. Como não sabia o que era o Brasil, ou o que era America do Sul (ela me fez essa pergunta, acredita?) e muitas outras coisas banais. Ah não, me engano. Ela sabia como grudar. 

Não gente, falando sério, eu brinco, mas tá sendo bacana sim a viagem!

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Taí eu na Times Square :D. Amanhã me encontro com um pessoal da GV, e partimos pra Washington pra ver a 4th of July Parade. Quem sabe a gente não pega uma balada com o Obama?

Abraços

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